terça-feira, 13 de outubro de 2009

DESBRAVANDO OS CAMINHOS DE UM BRASIL QUE É NOTÍCIA

A Caravana do Jornal Nacional fazendo da noticia o seu registro de popularidade.

2006 um ano decisivo para a política no país. O que pensa o eleitor brasileiro, qual seu grau de satisfação, seus sonhos? Tendo estas questões como a base de pauta para o mais antigo telejornal brasileiro, que Ali Kamel, diretor executivo da Central Globo de Jornalismo criou a Caravana do Jornal Nacional. Kamel colocou 15 profissionais dentro de um ônibus que percorreu 16 mil quilômetros em 62 dias. Uma aventura que começou depois da aprovação do diretor de telejornalismo Carlos Henrique Schroder, que acreditou que esta idéia podia agregar ao telespectador a visão de um Brasil diferente.
“Quando assumimos a Caravana, assumimos com o propósito de conjugar os nossos desejos jornalísticos e trabalhar o conceito de nação, não de país. Um retrato do Brasil, não a fotografia da miséria e sim um quadro multicolorido”lembra o jornalista Pedro Bial assumiu o comando da Caravana pelo viés editor-repórter.
A Caravana percorreu em média 300km por dia e teve que lidar com a adequação da pauta com os recursos logísticos disponíveis. Nesta jornada regada a poeira e óleo diesel o espírito juvenil da equipe se deparou com a maior preocupação das pequenas cidades, estar no mapa. Ser parte desta história do Brasil e dos seus brasileiros.
De acordo com Pedro Bial a caravana teve a oportunidade de trabalhar a voz humana, a voz brasileira, com seus sotaques e seus ritmos.”Aprendemos a viver uma realidade que nos desmente freqüentemente, para isso nós somos jornalistas”, confessa o jornalista ao lembrar que a certeza da pauta durou pouco, a medida que um Brasil foi surgindo nos kilometros de estradas rodadas.
A empreitada rendeu um total de 61 matérias, uma produção de aposta da não pauta, na mudança de itinerário e principalmente na aposta do inusitado. William Bonner e Fátima Bernardes dividiram a responsabilidade de uma vez por semana irem ao encontro da Caravana e de determinado ponto do país, literalmente conversarem com os brasileiros dado o grau de informalidade proposto pelo projeto em suas transmissões.
A Caravana do Jornal Nacional pode ser considerada um evento, pois toda a produção dela começou um ano antes e quando aportou em São Miguel das Missões no Rio Grande do Sul, ela iniciava a maior aventura do telejornalismo brasileiro a de produzir um jornal mais nacional, quanto mais mostrar a vida de seu povo.