Torre de Babel (PARTE IV)
A esta altura, a Rua Pero Vaz de Caminha em peso via a ambulância ir embora levando consigo a “adorável” menina, a quem muitos dos mais velhos, conheciam desde o nascimento.
Daquele dia em diante, coisas horrorosas seriam ditas sobre a moça, os boatos mais comuns envolveriam uso de drogas; comentar-se-ia acerca de supostos abusos sexuais; possíveis pactos com o diabo; TPM estilo “O Exorcista”; experimentos científicos que levariam-na a transformar-se num monstro verde e anabolizado com o intelecto de uma ervilha cujo prazo excedera a validade; conspirações alienígenas ligadas ao caso Varginha, et cetera e afins. Fatalmente, a verdade seria única coisa de que ninguém suspeitaria, e no entanto, Elã tinha como descobri-la. Sim, ele o faria, estava disposto salvar Alice de seu inferno pessoal, ainda que para isso, fosse preciso precipitar-se no mesmo abismo em que ela estava, sozinha na vastidão tempestuosa de sua alma.